O projeto Água em Foco: Qualidade de Vida e Cidadania, em sua edição de 2010, contou com a participação de quatro escolas da Rede Estadual situadas em Belo Horizonte, o Estadual Central, o Instituto de Educação, A Escola Pedro II e a Escola 3 Poderes.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
sábado, 25 de setembro de 2010
Projeto Água em Foco no Instituto de Educação de Minas Gerais
Dia 16 de setembro de 2010, 35 grupos de alunos do 2º ano do ensino médio do Instituto de Educação de Minas Gerais - IEMG - apresentaram no pátio da escola os resultados da pesquisa que eles realizaram durante o projeto Água em Foco: qualidade de vida e cidadania. Alguns temas apresentados: Lago Paranoá, legislação da Lagoa da Pampulha, biodiversidade e bioindicadores, água poluída, processo de tratamento, utilização da Lagoa da Pampulha. Durante a exposição todos os alunos do 2º ano tiveram a oportunidade de compreender mais sobre o assunto.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Estudantes apresentam projeto de limpeza da Lagoa da Pampulha à Câmara de Belo Horizonte
Reportagem do MGTV, da Rede Globo, do dia 04/11/2009, sobre a visita feita à Câmara Municipal de Belo Horizonte, na mesma data, pelos alunos e coordenadores participantes do projeto Água em Foco.
Estudantes de Belo Horizonte estão preocupados com a poluição de um dos principais cartões postais da capital. A Lagoa da Pampulha sofre com o esgoto e o lixo. Eles levaram à Câmara Municipal um estudo sobre os problemas.
Moradores e pedestres que passam pela orla também reclamam da poluição. O espelho d’água reflete um brilho que se apaga a cada dia em meio à sujeira. Perto da Igreja de São Francisco, o esgoto forma uma camada de lodo na superfície.
Moradores e pedestres que passam pela orla também reclamam da poluição. O espelho d’água reflete um brilho que se apaga a cada dia em meio à sujeira. Perto da Igreja de São Francisco, o esgoto forma uma camada de lodo na superfície.
A Lagoa da Pampulha é um local escolhido por muitas pessoas que gostam de caminhar, de correr, de andar de bicicleta. Mas a prática de uma atividade saudável contrasta com esta cena que a gente vê na lagoa. Por dia, são retiradas dez toneladas de lixo da lagoa, segundo a prefeitura. Quantidade que aumenta para 20 toneladas em dias de chuva, o que equivale a cinco caminhões de lixo.
Para acabar com o lixo e o assoreamento da lagoa, alunos de cinco escolas estaduais e da UFMG foram à Câmara de Belo Horizonte. Eles apresentaram aos vereadores os resultados das coletas feitas em cinco pontos da lagoa.
Dos oito córregos que deságuam na lagoa, seis são de Belo Horizonte e dois de Contagem. Segundo a Copasa, obras de saneamento pretendem acabar, em um ano e meio, com o lançamento de esgoto nos córregos.
Para acabar com o lixo e o assoreamento da lagoa, alunos de cinco escolas estaduais e da UFMG foram à Câmara de Belo Horizonte. Eles apresentaram aos vereadores os resultados das coletas feitas em cinco pontos da lagoa.
Dos oito córregos que deságuam na lagoa, seis são de Belo Horizonte e dois de Contagem. Segundo a Copasa, obras de saneamento pretendem acabar, em um ano e meio, com o lançamento de esgoto nos córregos.
sábado, 24 de outubro de 2009
Lago Paranoá é exemplo de despoluição para a Pampulha
Reportagem realizada pela TV Alterosa sobre a despoluição do Lago Paranoá.
domingo, 18 de outubro de 2009
Gastos milionários ainda não conseguiram despoluir a Lagoa da Pampulha
Reportagem divulgada no portal UAI em 14 de outubro de 2009.
A Lagoa da Pampulha, cartão postal de Belo Horizonte, ainda está tomada pela poluição, apesar de muito esforço para melhoria da qualidade da água. Só a Copasa garante que já investiu R$ 36 milhões na despoluição da lagoa. Mas muito mais já foi gasto na região. Assim, o espelho d'água, que reflete o conjunto arquitetônico de Niemeyer, está cada vez mais opaco e mal cheiroso.
Veja a reportagem da TV Alerosa sobre todo esse histório de gastos sem resultado efetivo
Veja a reportagem da TV Alerosa sobre todo esse histório de gastos sem resultado efetivo
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Superpopulação de peixes revela deterioração da Lagoa da Pampulha
Notícia divulgada no portal UAI, em 22 de junho de 2008.
A Lagoa da Pampulha tem peixes, aos montes. Podem chegar a 28 por metro quadrado de espelho d’água nas partes mais profundas. É densidade para pescador nenhum botar defeito. Poder-se-ia concluir, portanto, que as águas do mais conhecido cartão-postal de Belo Horizonte estão boas. Certo? Errado! A proliferação excessiva de peixes é um sinal de deterioração. Mais do que isso, o fenômeno contribui para piorar a qualidade da água. Os índices de fósforo, nitrogênio amoniacal e clorofila-a da Pampulha estão várias vezes acima do permitido para a Classe II.
Até essa categoria, de acordo com a Resolução nº 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), pode-se nadar e praticar esportes náuticos. Ou seja, na Pampulha, nem pensar. As medições de indicadores bioquímicos e de densidade de peixes foram feitas em maio por pesquisadores do Laboratório de Gestão Ambiental em Reservatórios do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que estudam a lagoa há 15 anos. Eles avisam que, além de investimentos pesados para evitar que esgotos cheguem à Pampulha, será necessário reduzir a quantidade de peixes, ainda que para isso se liberem práticas predatórias, como a pesca com tarrafa.
Não é preciso mais do que uma rápida espiada nos dois braços da lagoa que recebem os córregos Sarandi e Ressaca para perceber o mau estado das águas. Emanações de gás formam bolhas a todo momento. O biólogo Ricardo Pinto Coelho, coordenador do laboratório do ICB, observa que a estação de tratamento instalada no Parque Ecológico da Pampulha recebe uma parte muito pequena da vazão dos córregos e não está equipada para capturar fósforo e nitrogênio.
As medidas tomadas pela equipe do ICB em 17 de maio dão respaldo técnico à impressão visual. Em 15 pontos de coleta, a concentração de nitrogênio amoniacal variou de 1,7 miligrama por litro a 2,4 miligramas por litro. O limite para a Classe II é de 1 miligrama por litro. O índice de fósforo oscilou de 140 microgramas por litro a 250 microgramas por litro, sendo que o teto para a Classe II é de 30 microgramas por litro. Por fim, a clorofila-a foi de 63 microgramas por litro a 130 microgramas por litro, ou seja, chegou a mais de quatro vezes a concentração máxima da Classe II, que é de 30 microgramas por litro.
Os altos índices dessas substâncias dão as pistas do círculo vicioso da poluição. O fósforo e o nitrogênio alimentam as algas, que têm o crescimento detectado pela presença da clorofila-a. As algas são decompostas com forte absorção de oxigênio por bactérias que freqüentemente produzem toxinas. O resultado são águas com baixa taxa de oxigênio dissolvido e envenenadas, com sérios prejuízos para a fauna, as plantas e o homem.
A abundância de peixes nesse ambiente desfavorável tem uma explicação. São principalmente tilápias, uma espécie exótica (africana) introduzida na Pampulha, que tem grande capacidade de adaptação a lagos poluídos. O biólogo Carlos Bernardo Mascarenhas Alves, do Projeto Manuelzão/UFMG, diz que há uma percepção geral entre os estudiosos de que a tilápia tem o hábito de revolver o fundo dos lagos para buscar alimento e pôr ovos, levando para a coluna d’água elementos nocivos, como o fósforo, antes sedimentados. Há indicações também de que a tilápia se alimenta de ovos de peixes de outras espécies.
Recentemente, a equipe do laboratório do ICB fez entrevistas com pescadores habituais da Pampulha. Elas revelaram que a tilápia é praticamente o único peixe capturado atualmente na lagoa. A última pesquisa científica sobre o estoque de peixes foi feita entre 2001 e 2002, pelo bolsista de pós-graduação Gilberto Nepomuceno Salvador, com apoio da PUC Minas e do Projeto Manuelzão. Nas coletas, 78% dos exemplares foram de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus).
As capturas registraram 10 espécies na lagoa, metade do que foi encontrado 10 anos antes, em outra pesquisa semelhante. Salvador também constatou que praticamente desapareceram as espécies mais pescadas no passado. O trairão, originário da Bacia Amazônica, e a pirambeba, nativa da Bacia do Rio das Velhas, eram muito apreciados pelos pescadores pela qualidade da carne.
As estimativas inéditas da densidade de peixes na Pampulha, assim como da Lagoa Central, na cidade de Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão sendo feitas pelo biólogo José Fernandes Bezerra Neto com o emprego de uma sonda hidroacústica, adquirida pelo laboratório do ICB com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).
A instituição concedeu a Bezerra Neto uma bolsa de pós-doutoramento para refinar o trabalho. Ele explica que a sonda, montada num barco, emite ondas sonoras e identifica fauna, flora e sedimentos pelo retorno do som ao encontrar obstáculos. Os peixes são localizados por causa da resposta específica produzida pelo ar contido em suas bexigas natatórias. Programas de computador aplicados à sonda permitem estimar o tamanho e o peso dos indivíduos.
Não é preciso mais do que uma rápida espiada nos dois braços da lagoa que recebem os córregos Sarandi e Ressaca para perceber o mau estado das águas. Emanações de gás formam bolhas a todo momento. O biólogo Ricardo Pinto Coelho, coordenador do laboratório do ICB, observa que a estação de tratamento instalada no Parque Ecológico da Pampulha recebe uma parte muito pequena da vazão dos córregos e não está equipada para capturar fósforo e nitrogênio.
As medidas tomadas pela equipe do ICB em 17 de maio dão respaldo técnico à impressão visual. Em 15 pontos de coleta, a concentração de nitrogênio amoniacal variou de 1,7 miligrama por litro a 2,4 miligramas por litro. O limite para a Classe II é de 1 miligrama por litro. O índice de fósforo oscilou de 140 microgramas por litro a 250 microgramas por litro, sendo que o teto para a Classe II é de 30 microgramas por litro. Por fim, a clorofila-a foi de 63 microgramas por litro a 130 microgramas por litro, ou seja, chegou a mais de quatro vezes a concentração máxima da Classe II, que é de 30 microgramas por litro.
Os altos índices dessas substâncias dão as pistas do círculo vicioso da poluição. O fósforo e o nitrogênio alimentam as algas, que têm o crescimento detectado pela presença da clorofila-a. As algas são decompostas com forte absorção de oxigênio por bactérias que freqüentemente produzem toxinas. O resultado são águas com baixa taxa de oxigênio dissolvido e envenenadas, com sérios prejuízos para a fauna, as plantas e o homem.
A abundância de peixes nesse ambiente desfavorável tem uma explicação. São principalmente tilápias, uma espécie exótica (africana) introduzida na Pampulha, que tem grande capacidade de adaptação a lagos poluídos. O biólogo Carlos Bernardo Mascarenhas Alves, do Projeto Manuelzão/UFMG, diz que há uma percepção geral entre os estudiosos de que a tilápia tem o hábito de revolver o fundo dos lagos para buscar alimento e pôr ovos, levando para a coluna d’água elementos nocivos, como o fósforo, antes sedimentados. Há indicações também de que a tilápia se alimenta de ovos de peixes de outras espécies.
Recentemente, a equipe do laboratório do ICB fez entrevistas com pescadores habituais da Pampulha. Elas revelaram que a tilápia é praticamente o único peixe capturado atualmente na lagoa. A última pesquisa científica sobre o estoque de peixes foi feita entre 2001 e 2002, pelo bolsista de pós-graduação Gilberto Nepomuceno Salvador, com apoio da PUC Minas e do Projeto Manuelzão. Nas coletas, 78% dos exemplares foram de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus).
As capturas registraram 10 espécies na lagoa, metade do que foi encontrado 10 anos antes, em outra pesquisa semelhante. Salvador também constatou que praticamente desapareceram as espécies mais pescadas no passado. O trairão, originário da Bacia Amazônica, e a pirambeba, nativa da Bacia do Rio das Velhas, eram muito apreciados pelos pescadores pela qualidade da carne.
As estimativas inéditas da densidade de peixes na Pampulha, assim como da Lagoa Central, na cidade de Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, estão sendo feitas pelo biólogo José Fernandes Bezerra Neto com o emprego de uma sonda hidroacústica, adquirida pelo laboratório do ICB com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig).
A instituição concedeu a Bezerra Neto uma bolsa de pós-doutoramento para refinar o trabalho. Ele explica que a sonda, montada num barco, emite ondas sonoras e identifica fauna, flora e sedimentos pelo retorno do som ao encontrar obstáculos. Os peixes são localizados por causa da resposta específica produzida pelo ar contido em suas bexigas natatórias. Programas de computador aplicados à sonda permitem estimar o tamanho e o peso dos indivíduos.
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